“Quais são as palavras que você deve excluir do seu dicionário para ser um profissional com mais empatia?”
Tenho tentado manter todos meus artigos o mais curto possível para que você possa ter uma leitura rápida e agradável. No entanto, hoje vou pedir licença para pedir um pouquinho mais de tempo da sua atenção. Meu artigo não vai ser mais longo que o habitual não, porém, antes de começar a discorrer sobre o assunto, gostaria de fazer um convite.
Essa semana, navegando nas redes sociais, chamo-me a atenção uma publicação muito interessante, e que está diretamente relacionada a linha de raciocínio que tento seguir aqui no blog.
E aqui vai o meu convite. Antes de continuar a ler, gostaria que você primeiro assistisse a essa animação acima, que foi superpremiada.
E aí, sensacional não é mesmo?
As duas palavras que se encaixam perfeitamente aqui, e respondem à pergunta do artigo são: “pré-conceito” e “pré-julgamento”. Fiz questão de grafar os prefixos pré, e escrever desse jeito para enfatizar a antecipação, ou seja, da elaboração precoce de um conceito ou de um julgamento.
Conseguir a excelência profissional por meio da comunicação clínica eficaz tem como um pilar fundamental: a empatia. A definição, sem muitas delongas, é a “capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende, etc…”
Ou seja, nada mais é que conseguir se colocar no lugar do outro, e para isso basta não julgar antes de entender.
Quando você assistiu o vídeo pela primeira vez, o primeiro pensamento é o de raiva ou repulsa pelo protagonista, não é mesmo? Mas ao perceber que ele tem um sofrimento, você passa a aceitar o comportamento como justificável, gera empatia por ele, e percebe a importância da intervenção com compaixão.
Sabe por que isso acontece? Pois o seu mapa amplia no momento que você tem esse insight. Portanto, antes de tentar ampliar o mapa das pessoas, como discutimos em um outro artigo, não esqueça que o seu mapa também precisa ser ampliado. E, para que você possa ampliar, é preciso primeiro não julgar, não elaborar conceitos precipitados, é preciso ter empatia.
Mas e se a pessoa é realmente grossa, estúpida, e não eu consigo ver nenhum sofrimento? Veja, a tolerância não é infinita, mas ela tem um ponto de virada superimportante, que se chama choque de valores. A partir do momento que o outro ferir algum valor seu, nesse momento você pode interromper a díade clínica. Antes disso seria preconceito! Só que para perceber se existe realmente um choque de valores, antes você precisar ter empatia pelo outro.
Então, sinta-se à vontade para elogiar, questionar, discutir, contrapor, etc. Use o espaço abaixo de comentários para isso.
Se gostar do assunto, e souber de pessoas que tenham o mesmo interesse que o seu, compartilhe com elas por meio de suas redes sociais, e desde já deixo meus agradecimentos.